Qualquer que seja o motivo da viagem (lazer, aventura ou trabalho, em áreas urbanas, na praia ou no campo), surgirão sempre muitos riscos, mas, felizmente, poucos problemas.
Portanto, no momento em que estiver organizando a viagem, especialmente se for para regiões ou países com um panorama desfavorável do ponto de vista sanitário e epidemiológico, é importante que o viajante se submeta a uma avaliação médica, de preferência especializada. Dessa forma tomará conhecimento desses potenciais riscos a que estará exposto em seu destino e terá condições de minimizá-los e/ou erradicá-los.
O que é?
Uma avaliação médica onde se pode obter informaçãoes sobre os novos fatores a que será exposto(a) durante uma viagem (agentes transmissores de doenças, clima, altitudes distintas, entre outros) e que podem por em rico a sua saúde.
O aconselhamento será determinado pelo destino, pelo perfil e estado de saúde do viajante (avaliação individual dos riscos associados à viagem), assim como pelas características específicas da viagem, o que permitirá minimizar os riscos existentes com atitudes e precauções adequadas antes, durante, e mesmo após a viagem.
Onde?
Centros de Orientação à Saúde do Viajante – COV– fazem parte de uma rede de atenção à saúde do viajante, com o objetivo de atender e orientar as pessoas que viajam a aderirem às práticas e cuidados com a saúde. Emitem do Certificado Internacional de Vacinação ou Profilaxia – CIVP, quando da exigência de vacinação em viagens internacionais.
- Postos da Anvisa (alguns), localizados em portos, aeroportos e fronteiras, funcionam também como COV, realizando apenas a orientação ao viajante e a emissão do Certificado para viajantes vacinados no Brasil, tanto na rede pública de saúde como na rede privada.
- Serviços públicos de vacinação (não todos) funcionam como Centros de Orientação à Saúde do Viajante credenciados pela Anvisa. É possível ser vacinado e obter CIVP.
- Serviços privados de vacinação credenciados como Centros de Orientação à Saúde do Viajante realizam a vacinação e emitem o Certificado apenas para viajantes vacinados no próprio estabelecimento. O viajante pagará pelo serviço de vacinação, porém a emissão do CIVP é gratuita.
Com quem? Efetuado com médicos especializados (infectologistas).
Quando? Ideal é de 4 a 8 semanas antes do início da viagem. No entanto se assim não puder, deve ser em qualquer momento. Mas não deixar de fazer antes de viajar.
Como deve ser?
- Fazer uma avaliação das condições de saúde previamente e obter informações e aconselhamento sobre os riscos relacionados com a viagem, além das medidas e atitudes preventivas adequadas.
- Revisão do estado de vacinação do viajante com recomendação e prescrição das vacinações indicadas para a viagem.
- Informação sobre risco e prevenção da malária, assim como recomendação e prescrição de profilaxia para a malária, quando indicado.
- Informação sobre risco e prevenção de doenças transmitidas pelo consumo de águas e alimentos contaminados e o que fazer em caso de diarreia do viajante.
- Informação sobre outras doenças endêmicas ou surtos e sua prevenção geral ou específica, conforme indicado
- Recomendação e prescrição de medicações de acordo com as necessidades individuais do viajante (farmacinha), como também um um kit básico de urgência
- Aconselhamento específico a viajantes com características especiais (crianças, grávidas, idosos) ou com doença crônica ou sob uso de medicações permanentes.
- Obter informações sobre a assistência médica do(s) destino(s) e da eventual existência de protocolos com o Serviço Nacional de Saúde. É fundamental, a meu ver, obter um seguro e assistência médica para a viagem fora do país.
- Aconselhamento sobre precauções e onde recorrer em caso de doença após a viagem.
Apesar da maioria dos viajantes não apresentarem problemas de saúde durante e depois da viagem, em cerca de 8% dos casos isso pode ocorrer. E essa possibilidade geralmente está relacionada com problemas pré-existentes, do destino da viagem, da duração da mesma, das condições de alojamento e da adesão às medidas preventivas.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda a realização de exame médico após o regresso de uma viagem internacional nos seguintes viajantes:
- Portadores de doença crônica (por exemplo, doença cardiovascular, diabetes mellitus, doença respiratória crônica).
- Com manifestações clínicas nas semanas seguintes ao regresso a casa, particularmente em caso de febre, diarreia persistente, vômitos, icterícia, alterações gênito-urinárias, doenças dermatológicas;
- Que consideram que estiveram expostos a uma doença infeciosa durante a viagem.
- Que estiveram por mais de três meses num país em desenvolvimento e, principalmente, com condições precárias de saneamento básico.
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