Cusco, o Centro do Mundo, é uma bela cidade localizada nas serras peruanas que além dos legados do império inca, como o Qoricancha e a Pedra de 12 ângulos, nos reserva uma arquitetura colonial bem preservada, revelando sua rica e complexa história. Não é a toa que é Patrimônio da Humanidade.
Porta de entrada para se chegar a Machu Picchu, possui muitos atrativos como as ruínas incas nos arredores da cidade e o o Vale Sagrado.
É bom saber
- Para visitar algumas igrejas e conventos é possível adquirir um tipo de boleto que permite descontos. O Circuito Religioso compreende, entre outros, o ingresso à Basílica Catedral/Triunfo/Sagrada Família, ao Templo de San Blas e ao Museu de Arte Religioso. Também pode ser comprado o ingresso individualmente, no local de cada atração.
- Apesar de não ser indispensável, uma visita com um guia provavelmente deixará o seu passeio mais interessante, principalmente se for exclusivo e você não detenha um conhecimento prévio do contexto histórico.
- Há também bons museus que se dedicam a contar um pouco desse passado. Portanto, é interessante reservar pelo menos uns quatro dias para essa cidade e não esquecer de adquirir o Boleto Turístico, indispensável para quem quer visitar muitas das atrações locais e dos arredores, além do Vale Sagrado.
- Há diversas agências de turismo em Cusco que oferecem, geralmente, os mesmos passeios para as atrações dos arredores. Não que não possam ser feitos por conta própria, mas a vantagem delas, se não se importar com um passeio coletivo, é que o transporte e o guia estarão incluídos, o que pode fazer uma grande diferença, desde que seja uma agência idônea com guias qualificados e que te ofereçam um passeio com o tempo suficiente para se visitar cada lugar.
- Caso não se queira optar pelo "City Tour", é possível chegar até as ruínas próximas utilizando vans ou ônibus de linha (pouco práticos, apesar de mais econômicos) ou contratando os serviços de um taxista.
O que é o Boleto Turístico?
É um tipo de passe que te permite entrar em várias atrações, durante um determinado período, em Cusco, arredores e no Vale Sagrado.
É necessário comprá-lo?
Sim é, caso você queira conhecer todos ou alguns dos atrativos desses locais, já que a maioria não disponibiliza suas entradas individualmente e dificilmente você conseguirá entrar nas atrações que o integram, pois, geralmente, não há bilheteria no local. Daí ser indispensável a sua compra antes de iniciar seu passeio por esses lugares.
O boleto deve estar nominal antes de ingressar em qualquer atração e tem validade por 10 dias, a partir do dia em que é comprado. Não é permitido repetir uma mesma atração, para isso ao passar na entrada a foto correspondente ao atrativo será marcada com um pequeno furo.
Estão disponíveis 4 opções: 3 Circuitos, cada um com diferentes atrações e sítios arqueológicos e o General, que inclui os três
Circuito 1
Para se ingressar nos sítios arqueológicos que estão nos arredores de Cusco: Saqsayhuamán, Q'enko, Puka Pukara e Tambomachay
Circuito 2
Para ingresso em alguns museus de Cusco. Não são os mais interessantes, mas permite conhecer um pouco mais da arte e história peruana.
Em 2011 a tarifa era a seguinte:
Para adquirir o Boleto o melhor é ir ao escritório da COSITUC (Av. El Sol, 103)-Cusco. O meu já estava incluído no pacote que montei com a Interhabit, ainda no Brasil, durante o planejamento.
O que é Boleto Religioso?
É um bilhete que permite a entrada na Catedral de Cusco, Templo de San Blas, La Compañia e Palácio Arcebispo (Museu de Arte Religioso). Para quem tem interesse em conhecer um pouco do sincretismo que uniu a religião católica à cosmovisão andina expressa na Arte Cusquenha pode ser vantajoso, se for visitar todas as atrações que são contempladas, pois garante descontos. Porém é possível adquirir o ingresso individual na entrada de cada atração.
Como foi o City Tour de Cusco?
É disponibilizado por praticamente todas as agências de turismo. Pode ser feito pela manhã ou à tarde, por cerca de 4 a 5 horas. Inclui a Catedral Metropolitana, Qorikancha e as ruínas ao redor de Cusco.
Impressões
Como ir|
Via aérea
Geralmente quem vai para Cusco, chega por via aérea a partir de Lima, já que ainda não existem voos diretos do Brasil. Em uma hora se chega ao Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete (ou Aeroporto de Cusco). Para sair dele uma boa opção é utilizar um taxi, se não tiver um transfer contratado. Lembrar que no Peru não existe taxímetro e o valor deve ser acordado com o taxista antes de entrar no veículo.
As principais empresas aéreas do país são: LATAM, Taca, Star Peru.
Via terrestre
A opção preferida dos mais aventureiros é chegar em Cusco a partir de Puno, após atravessar a fronteira com a Bolívia, pela cidade de Copacabana. Fiz o percurso inverso (veja aqui). Porém, desde 2011, se pode chegar ao Peru pela fronteira brasileira, a partir da cidade acriana de Assis Brasil (veja aqui).
Há ônibus da empresa peruana Ormeño que sai de São Paulo, gastando cerca de 96 horas.
Atenção! Pode haver mudanças em percursos das empresas, portanto antes de se programar se certifique quais itinerários estão sendo feitos por elas.
Via Férrea
Serviço Puno-Cusco: 384 km (10 horas), operado pela Peru Rail.
Quando ir|
Apesar da máxima de não haver tempo ruim quando se está disposto para viajar, em Cusco é prudente se levar em conta as estações do ano, que lá são duas bem distintas: a seca (de maio a setembro) é o período de inverno com baixas temperaturas, mas o céu sempre claro e sem nuvens, e o verão com temperaturas um pouco mais altas, porém é o período chuvoso (a partir de outubro até março) e por isso alguns sítios históricos podem ficar fechados.
Cuidados|
Cusco está a aproximadamente 3.400 m.s.n.m., portanto do Mal das Montanhas ou Soroche, como por lá é chamado, quase ninguém escapa se não estiver adaptado a grandes altitudes. E para se proteger dos efeitos ou tentar minimizar um pouco os sintomas faça o que recomendam os nativos: masque a folha e tome Chá de coca! Claro, não descuide dos outros cuidados que são muito importantes para se ter uma estadia agradável (veja aqui).
O mate de coca é feito com as folhas dessa planta, porém não provoca efeitos colaterais nem dependência ou alucinação. A infusão é usada para combater os efeitos do “Mal das Montanhas” ou Soroche, como é chamado por lá. Enfim, nada tem a ver com o “pó branco”.
A“Hoja Sagrada” é utilizada há séculos pela população nativa do altiplano. Para os povos andinos a folha de coca tinha importância religiosa e até mesmo era venerada como filha da mãe-terra (Pachamama). A "Mama-Coca"seria uma oferenda dos deuses ao povo e estes praticavam rituais e sacrifícios em louvor à planta, garantindo uma boa colheita. Ainda hoje é um elemento importante para os indígenas, já que aumenta a resistência ao cansaço e à fadiga, ajudando a população no trabalho diário e exaustivo. Além da folha in natura, pode-se encontrar em sachês. Existem outros produtos que utilizam a folha de coca, como balas, tortas e biscoitos. É tudo absolutamente legal.
Não tive maiores problemas decorrentes da altitude, exceto um discreto "cansaço" quando estava caminhando, rapidamente superado ao descansar uns poucos minutinhos.
Se usei chá de coca? Certamente. Logo que cheguei ao hotel, em Cusco, já me foi oferecido no check in. Daí em diante bebi o chá diariamente, inclusive na Bolívia, até chegar ao Chile, pois lá não é permitido.
É um tipo de passe que te permite entrar em várias atrações, durante um determinado período, em Cusco, arredores e no Vale Sagrado.
É necessário comprá-lo?
Sim é, caso você queira conhecer todos ou alguns dos atrativos desses locais, já que a maioria não disponibiliza suas entradas individualmente e dificilmente você conseguirá entrar nas atrações que o integram, pois, geralmente, não há bilheteria no local. Daí ser indispensável a sua compra antes de iniciar seu passeio por esses lugares.
O boleto deve estar nominal antes de ingressar em qualquer atração e tem validade por 10 dias, a partir do dia em que é comprado. Não é permitido repetir uma mesma atração, para isso ao passar na entrada a foto correspondente ao atrativo será marcada com um pequeno furo.
Estão disponíveis 4 opções: 3 Circuitos, cada um com diferentes atrações e sítios arqueológicos e o General, que inclui os três
Circuito 1
Para se ingressar nos sítios arqueológicos que estão nos arredores de Cusco: Saqsayhuamán, Q'enko, Puka Pukara e Tambomachay
Cosituc |
Para ingresso em alguns museus de Cusco. Não são os mais interessantes, mas permite conhecer um pouco mais da arte e história peruana.
- Museu de Arte Contemporânea
- Museu Histórico Regional
- Museu de Arte Popular
- Museu do Sítio de Qoricancha
- Centro Qosqo de Arte Nativa
- Monumento ao Inka Pachacuteq
- Pikillaqta
- Tipón
Cosituc |
Circuito 3
Se tiver tempo disponível e interesse em conhecer as principais atrações de Cusco, arredores e o Vale Sagrado, o General é o mais indicado dos ingressos, além de sair mais barato do que comprar dois circuitos separadamente.
Em 2011 a tarifa era a seguinte:
Cosituc |
Para adquirir o Boleto o melhor é ir ao escritório da COSITUC (Av. El Sol, 103)-Cusco. O meu já estava incluído no pacote que montei com a Interhabit, ainda no Brasil, durante o planejamento.
E esse foi o meu Boleto, que me foi integre pela funcionária da agência de turismo de Cusco, contratada pela Interhabit.
O que é Boleto Religioso?
É um bilhete que permite a entrada na Catedral de Cusco, Templo de San Blas, La Compañia e Palácio Arcebispo (Museu de Arte Religioso). Para quem tem interesse em conhecer um pouco do sincretismo que uniu a religião católica à cosmovisão andina expressa na Arte Cusquenha pode ser vantajoso, se for visitar todas as atrações que são contempladas, pois garante descontos. Porém é possível adquirir o ingresso individual na entrada de cada atração.
Como foi o City Tour de Cusco?
É disponibilizado por praticamente todas as agências de turismo. Pode ser feito pela manhã ou à tarde, por cerca de 4 a 5 horas. Inclui a Catedral Metropolitana, Qorikancha e as ruínas ao redor de Cusco.
Impressões
- O pacote que fiz com Interhabit, no Brasil, desde o momento do planejamento da viagem já incluia o City-Tour, o Boleto Turístico e os bilhetes para a catedral e o Qoricancha.
- Na minha opinião é válido adquiri-lo caso esteja em viagem solo e com orçamento curto. Porém terá que se conformar em dividir um guia com muitas outras pessoas, o que muitas vezes não será produtivo. No meu caso não foi.
- É indispensável fazê-lo? Não, mas se tiver tempo disponível será um agradável passeio.
- De que forma faria esse passeio? Iria à Catedral e Qoricancha por conta própria e contrataria um guia no local. Como a distância até as ruínas é no máximo de 8 km, contrataria um taxi, desde que fosse de confiança, para ter a liberdade de demorar o tempo que quisesse em cada lugar. Não esquecendo de que é necessário comprar o Boleto Turístico antes e os demais ingressos.
Como ir|
Via aérea
Geralmente quem vai para Cusco, chega por via aérea a partir de Lima, já que ainda não existem voos diretos do Brasil. Em uma hora se chega ao Aeroporto Internacional Alejandro Velasco Astete (ou Aeroporto de Cusco). Para sair dele uma boa opção é utilizar um taxi, se não tiver um transfer contratado. Lembrar que no Peru não existe taxímetro e o valor deve ser acordado com o taxista antes de entrar no veículo.
As principais empresas aéreas do país são: LATAM, Taca, Star Peru.
Via terrestre
A opção preferida dos mais aventureiros é chegar em Cusco a partir de Puno, após atravessar a fronteira com a Bolívia, pela cidade de Copacabana. Fiz o percurso inverso (veja aqui). Porém, desde 2011, se pode chegar ao Peru pela fronteira brasileira, a partir da cidade acriana de Assis Brasil (veja aqui).
Há ônibus da empresa peruana Ormeño que sai de São Paulo, gastando cerca de 96 horas.
Atenção! Pode haver mudanças em percursos das empresas, portanto antes de se programar se certifique quais itinerários estão sendo feitos por elas.
Via Férrea
Serviço Puno-Cusco: 384 km (10 horas), operado pela Peru Rail.
Quando ir|
Apesar da máxima de não haver tempo ruim quando se está disposto para viajar, em Cusco é prudente se levar em conta as estações do ano, que lá são duas bem distintas: a seca (de maio a setembro) é o período de inverno com baixas temperaturas, mas o céu sempre claro e sem nuvens, e o verão com temperaturas um pouco mais altas, porém é o período chuvoso (a partir de outubro até março) e por isso alguns sítios históricos podem ficar fechados.
Cuidados|
Cusco está a aproximadamente 3.400 m.s.n.m., portanto do Mal das Montanhas ou Soroche, como por lá é chamado, quase ninguém escapa se não estiver adaptado a grandes altitudes. E para se proteger dos efeitos ou tentar minimizar um pouco os sintomas faça o que recomendam os nativos: masque a folha e tome Chá de coca! Claro, não descuide dos outros cuidados que são muito importantes para se ter uma estadia agradável (veja aqui).
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A“Hoja Sagrada” é utilizada há séculos pela população nativa do altiplano. Para os povos andinos a folha de coca tinha importância religiosa e até mesmo era venerada como filha da mãe-terra (Pachamama). A "Mama-Coca"seria uma oferenda dos deuses ao povo e estes praticavam rituais e sacrifícios em louvor à planta, garantindo uma boa colheita. Ainda hoje é um elemento importante para os indígenas, já que aumenta a resistência ao cansaço e à fadiga, ajudando a população no trabalho diário e exaustivo. Além da folha in natura, pode-se encontrar em sachês. Existem outros produtos que utilizam a folha de coca, como balas, tortas e biscoitos. É tudo absolutamente legal.
Não tive maiores problemas decorrentes da altitude, exceto um discreto "cansaço" quando estava caminhando, rapidamente superado ao descansar uns poucos minutinhos.
Se usei chá de coca? Certamente. Logo que cheguei ao hotel, em Cusco, já me foi oferecido no check in. Daí em diante bebi o chá diariamente, inclusive na Bolívia, até chegar ao Chile, pois lá não é permitido.
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