Até a presente data, de todos os museus que conheci, nunca encontrei um que se apresentasse de forma tão bonita quanto o Museu Larco em Lima, no Peru. Pois é, o colorido do seu bem cuidado jardim dá as boas vindas aos que chegam lá curiosos para aprender um pouco mais sobre a arte e cultura pre-colombiana.
Na grande propriedade do século 18 estão mais de 40 mil peças reunidas pelo empresário e arqueólogo Rafael Larco Hoyle ao longo de quase 50 anos de pesquisas.
Uma sala introdutória informa de forma didática a história da fundação do Museu. Segue-se o Salão da Cultura onde estão dispostos objetos de pedra, madeira e cerâmica produzidos ao longo de 5 mil anos entre os povos pré-colombianos das diversas culturas que se distribuíram entre a costa e a serra peruana.
A Sala têxtil expõe os tecidos de algodão e fibra de alpaca e vicunha, que inicialmente brancos marrons, creme e negros, passaram a azul, amarelo e vermelho, ao utilizarem raízes, plantas, minerais e animal (carmin da cochinilla) para colorir.
A Sala de Cerimônias de Sacrifícios e a de Recipientes Cerimoniais, expõem objetos relacionados a cerimônias de fertilidade, sacrifícios ou culto aos mortos. Destacam-se os vasos para conter água, bebidas fermentadas e sangue sacrificial.
Sala de Ouro e Jóias, com uma coleção de objetos em ouro, prata, cobre e ligas metálicas, relacionados a rituais, danças, guerras e enxoval funerário. Tudo elaborado com maestria.
Em um anexo, próximo ao restaurante, encontra-se a famosa coleção de arte erótica. Apesar de para nós ter essa conotação, acredita-se que essas imagens tinham a função de celebrar a fertilidade...
Outra curiosidade é a possibilidade de se conhecer o depósito de obras que não estão em exposição. A sensação que tive é de estar entrando em uma loja com diversos artigos de cerâmicas para serem vendidos, tamanha era a quantidade de obras nas prateleiras. Como teriam conseguido tudo aquilo e em estado tão perfeito de conservação?
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Onde| Av. Bolívar 1515, Pueblo Libre.
Quando| Diariamente das 9 às 22 h
Quanto| Adulto: 30 soles (2011)
Charmoso, excelente comida, mas meio carinho. Almocei antes de começar a visita, pois seria o segundo museu visitado naquele dia. Foi lá que experimentarei o famoso "suspiro limeño", que não cheguei nem à metade por ser extremamente doce.
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