A cidade dos Reis, como ficou conhecida ao ser fundada por Francisco Pizarro em 1535, foi vice-reinado espanhol, centro político e administrativo do novo mundo nos séculos 16 e 17. Após conquistar o Império Inca, o espanhol escolheu uma zona estratégica próxima a fontes de água e do oceano, no Vale do Rio Rimac.
Durante o período colonial, Lima se transformou na cidade mais importante da América do Sul. Era onde se concentrava o poder e a riqueza das colônias hispânicas. Parte desse passado histórico pode ser apreciado no rico conjunto arquitetônico da bela Plaza Mayor, no Centro Histórico, que está repleto de construções coloniais. São palacetes, casarões com sacadas talhadas em madeira, igrejas e conventos. Não é a toa que foi declarado Patrimônio da Humanidade em 1988.
Contrastando com o cinzento céu limenho encontro na Plaza Mayor ou Plaza de Armas, como era chamada pelos conquistadores, o amarelo dos edifícios oficiais do município, construídos no século 20 em um estilo neocolonial.
No lado oposto dessas edificações, o conjunto formado pela Catedral e pelo Palácio Episcopal (Palácio do Arcebispo).
A Catedral foi construída originalmente em 1535, no entanto reconstruída várias vezes em virtude de destruições provocadas por terremotos. A estrutura atual possui uma mistura de estilos que vai do barroco ao neoclássico. Em estilo barroco, a linda fachada esculpida.
Já no interior a sobriedade do estilo neoclássico da nave central.
O destaque fica para os bancos do coro esculpidos no século 17.
Em mosaico e mármore, à direita da entrada, a primeira capela guarda os restos mortais de Francisco Pizarro, cientificamente comprovado após estudos minuciosos, como relatado no local.
A Capela de Nuestra Señora de La Evangelización, em barroco, é uma das 10 capelas laterais, que variam em estilos, onde se podem ver trabalhos em madeira, douramento e mosaicos.
Uma visita à Catedral permite o acesso a um museu de arte religiosa, onde estão expostas pinturas, móveis e objetos litúrgicos dos séculos 17 e 18.
Onde| Plaza Mayor
Quando| 2ª à sáb. Das 9:00-16:30 h.
Ao lado da Catedral está o O Palácio Episcopal (Palácio Arzobispal) e seu Museu é um exemplo do barroco peruano. Uma joia arquitetônica do Centro histórico que guarda uma grande coleção de arte colonial.
No seu exterior, a fachada imponente tem como destaque o balcão talhado em madeira, estilo mourisco. Na arquitetura colonial peruana se vê a fusão do design espanhol e indígena, dando origem a um "estilo crioulo". No entanto a influência moura que saiu do norte da África para a Espanha, chegou também às América.
O Palácio data do século 16, foi reconstruído em 1924 e em 2009 passou por uma restauração total. No ano seguinte o Museu foi inaugurado. Em suas salas se vê a arte e a fé como representantes de um período, onde os espanhóis tentavam demonstrar como sua crença era superior aos cultos incas. Estão expostas obras desde o século 16 ao 18.
Onde| Plaza Mayor
Quando| 2ª-6ª (9 - 17 h) /Sab.(9 -13 h)
Quanto| S/30.00 (em 2011)
Dominado outra extremidade da Plaza Mayor, o Palácio do Governo, que foi construído no local onde existiu a casa de Pizarro. A troca da guarda presidencial não tem a pompa e circunstância da sua colega londrina, mas quem estiver por lá pode conferir. Ocorre de segunda à sábado às 11:45 h.
A Plaza foi testemunho de diversos eventos históricos desde a sua fundação, que se confunde com a própria origem da cidade. Ali foi palco de execuções durante a Inquisição, de touradas e da declaração de independência do Peru, em 1821.
...Continuando a visita pelo Centro Histórico, segui pela lateral esquerda do Palácio Presidencial e cheguei à Jiron Ancash onde está um dos templos mais atraentes de Lima, a Igreja de San Francisco.
Com a fundação de Lima, o imperador Carlos I doou terrenos à Ordem Franciscana para que fosse construída uma Igreja e Convento.
Os melhores artistas para lá se dirigiram criando o belo complexo colonial amarelo e branco, que engloba a Igreja de San Francisco, o Convento, as capelas de La Soledad e de El Milagro e as Catacumbas. Apesar das diversas remodelações impostas pelos terremotos que assolaram a capital, o estilo que predomina é o barroco.
A fachada barroca do século 17 é composta por um portal de pedra com esculturas, frontões, nichos e pilastras. No entanto essa não é a primeira igreja que foi construída, a original, de barro e madeira de 1557, veio a baixo no terremoto de 1656. Desde a sua última reconstrução, em 1672, a Igreja tem resistido aos terremotos, provavelmente devido ao material que foi empregado, um mistura resistente à base de junco, barro e gesso, conhecida com quincha.
A visita guiada contempla o interior da Igreja, a Biblioteca com um rico acervo de mais de 20.000 obras (livros e manuscritos) do século 15 em diante e o pátio interno do mosteiro, decorado com magníficos azulejos sevilhanos, datados de 1620. O complexo guarda muitos quadros da escola flamenca do século 17.
Mas o que atrai a atenção ali é o Museu das Catacumbas. Lá estão expostos ossos de mais de 70 mil pessoas da população que ali eram enterradas em séculos anteriores. Os ossos estão organizados de acordo com o tipo, assim existe o espaço para crânios, fêmures, tíbias, etc. Em um dos tanques os ossos foram organizados de forma concêntrica. O lugar é escuro e meio claustrofóbico, mas vale conhecer. Como fotos são proibidas, fica a imagem do postal e a do site oficial, para se ter uma ideia do que tem por lá.
Uma opção ainda no centro é fazer a visita guiada ao Museu da Inquisição (El Museu Del Congreso y da lá Inquisición), no antigo prédio do Senado. Lá, bonecos em tamanho natural mostram um pouco de como foram os anos da Inquisição.
A visita guiada contempla o interior da Igreja, a Biblioteca com um rico acervo de mais de 20.000 obras (livros e manuscritos) do século 15 em diante e o pátio interno do mosteiro, decorado com magníficos azulejos sevilhanos, datados de 1620. O complexo guarda muitos quadros da escola flamenca do século 17.
Mas o que atrai a atenção ali é o Museu das Catacumbas. Lá estão expostos ossos de mais de 70 mil pessoas da população que ali eram enterradas em séculos anteriores. Os ossos estão organizados de acordo com o tipo, assim existe o espaço para crânios, fêmures, tíbias, etc. Em um dos tanques os ossos foram organizados de forma concêntrica. O lugar é escuro e meio claustrofóbico, mas vale conhecer. Como fotos são proibidas, fica a imagem do postal e a do site oficial, para se ter uma ideia do que tem por lá.
Onde| | Plaza San Francisco
Quando| Diariamente (9:30 - 17:30 h)
Quanto| S/7,00 - visita guiada (em 2011)
Onde| | Plaza Bolivar/ Jr. Junín, 548
Quando| Diariamente (9h-17h)
Quanto| Ingresso e visita guiada Gratuitos (em 2011)
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