Apesar dos ares de modernidade da capital panamenha, nem tudo é novo por lá. A cidade possui ruínas do século 16 e dos seus quase 500 anos de história resta o ponto onde a cidade foi fundada em 1519, época em que era usada como base para abastecer as colônias do Pacífico e levar para a Espanha as riquezas exploradas.
Panamá Viejo, como hoje é conhecida, sofreu com incêndios, terremotos e ação de piratas. Sendo que em meados do século 17 (1671), sucumbiu à investida de Henry Morgan, pirata que ao não conseguir saquear a cidade, explodiu os depósitos de pólvora, provocando o incêndio que destruiu completamente o local.
Localizado a cerca de 5 km da região central, o conjunto de ruínas foi declarado Patrimônio da Humanidade pela Unesco em 2003. Não há guias no local, portanto se for por conta própria é bom se informar um pouco antes.
Torre da Catedral |
Quando| de 3ª a domingos (das 8:30 às 16:30 horas)
Quanto| US 8,0 (2015)
Como ir| Há várias opções para se chegar às ruínas.
- Se for de taxi, combinar o preço e também para que o taxista espere, pois não é frequente encontrar taxi por lá. Eu como tinha pouco tempo, fechei com o taxista que trabalha no hotel onde me hospedei, para fazer todas as visitas em um pacote durante um dia e meio, além da viagem até o aeroporto.
- Ônibus Hop on, Hop off. Mais detalhes nesse site aqui
- Excursão com agência de turismo
- Por conta própria, se estiver com carro
Com a total destruição da cidade, os sobreviventes se transferiram para outro local, conhecido como Casco Antigo, na ponta da Baía do Panamá, em uma península.
O Centro Histórico da capital panamenha, remanescente daquela época colonial nos brinda com as ruas estreitas, praças e casarios centenários, que ao serem revitalizados há cerca de 10 anos, atraíram restaurantes, bares e cafés transformando em um dos pontos culturais e de lazer mais procurados. Além de ter ido declarado pela UNESCO, Patrimônio da Humanidade.
Em um aprazível passeio a pé, de preferência cedo da manhã ou final da tarde para escapar do sol inclemente, pode-se encantar com as casinhas coloridas, lojinhas de artesanato, galerias de arte, além das construções, entre elas a Catedral Metropolitana e outras ruínas de igrejas.
A Praça França construída em homenagem ao franceses pelo esforço na tentativa de construir o Canal e as diversas pessoas que morreram naquela época.
Ali se encontra a embaixada francesa e se pode observar a Cinta Costeira e, mais além, os navios que aguardam para atravessar o Canal do Panamá.
De volta ao presente..
Para desfrutar de uma vista privilegiada da cidade, nada melhor do que subir o Cerro Ancon. Uma elevação que está a 199 metros acima do nível do mar e que esteve sob a jurisdição dos EUA, enquanto tiveram o controle do Canal.
Ponte das Américas |
Por conta disso é pouco urbanizada e as poucas casas que existem foram construídas pelos norte americanos, o que permitiu uma área de bosque dentro da cidade e um viveiro para algumas espécies selvagens de pequeno porte.
É lá que se encontra uma enorme bandeira do Panamá, fincada desde 1977, após ser assinado o Tratado Torrijos-Carter, como forma de afirmar que a soberania estava voltando ao país.
Outro passeio agradável é percorrer o Amador Causeway (Calzada Amador), uma estrada de 7 km que foi construída com um aterro feito utilizando o que era tirado das escavações na construção do Canal. O objetivo era ligar as pequenas ilhas de Naos, Perico e Flamenco, além de servir de "quebra ondas", diminuindo seus efeitos no tráfego dos navios.
As ilhas foram usadas como local de quarentena e base estratégica dos EUA na época da Segunda Guerra. Hoje, depois de vitalizada é um ótimo ponto de lazer, onde se pode observar o Oceano Pacífico e os altos e modernos edifícios da cidade, na linha do horizonte.
Enquanto observávamos a paisagem, um animalzinho passeava pelas pedras. Segundo o taxista/guia com quem fiz o tour na Cidade do Panamá, o pequeno é especialista em recolher o lixo deixado pelas pessoas nesse local.
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