A Ilha fica na parte boliviana do Lago Titicaca, próximo a Copacabana. É a maior das 40 que lá existem. A imensidão azulada do Titicaca emoldurada pelos Andes com seus picos nevados (Cordilheira Real) é uma imagem fantástica. Um lindo passeio!
Diz a lenda que foi nessa ilha que o deus do sol, Viracocha, ordenou que seus filhos Manco Capac e Mama Ocllo começassem uma viagem em direção ao local onde dariam origem ao Império Inca. Por conta disso a ilha é considerada sagrada.
Atualmente é habitada por comunidades quéchuas e aimarás que vivem da pesca, da agricultura (cultivo em plataformas), da criação de lhamas e ovelhas, além do turismo.
Com 14 km², paisagens dignas de cartão postal, sítios arqueológicos e comunidades indígenas que preservam suas tradições ancestrais, a ilha é um a das maiores atrações da Bolívia.
Como ir| Contratar uma agência de turismo para o transporte da lancha e um guia, em Copacabana, La Paz ou mesmo pela internet. Há passeios de meio dia, um dia inteiro ou pernoite.
Contratar o transporte no próprio porto, em Copacabana. Sai mais barato, mas se gasta muito mais tempo. É uma boa opção se for pernoitar na Ilha.
A ilha tem três povoados: Yumani, no sul, Cha'lla, no centro-leste e Challapampa, no norte. Todos estão ligados por trilhas bem sinalizadas.
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Para fazer esse caminho pode ou não contratar guias e escolher a partir de qual lado começar. Caso leve bagagem é bom saber que as trilhas são íngremes e em alguns pontos se ultrapassa os 4.000 m.s.n.m. Portanto, o melhor é estar com pouco peso, apesar de que também se pode contratar carregadores.
Na parte norte : Desembarcando em Challapampa, por uma trilha se chega a Chinkana, complexo de ruínas com uma rocha sagrada, que segundo a lenda teria sido o local onde o deus Viracocha teria criado o sol e a lua.
- Ruínas de Chinkana (labirinto) - com vários recintos em pedra, interligados.
- Rocha Sagrada "Titi Khar'ka"(a pedra do puma)
- Altar dos sacrifícios
- Templo do Sol (conjunto de muros antigos)
Na parte sul
- Escalera del Inca - íngreme escadaria que liga a parte alta de Yumani ao porto.
- Complexo Pilkokaina (conjunto de ruínas na subida da parte sul) - O Palácio Inca.
Como fui|
Durante o planejamento montei um pacote com a Turisbus, que ficou encarregada do meu transporte para a Ilha. Inicialmente a ideia era pernoitar (cheguei a reservar um hostel) e só regressar no outro dia nos barcos comuns. Porém, como estava sentindo o efeito da altitude, resolvi ir e voltar no mesmo dia com a lancha que foi reservada para um pequeno grupo que estava hospedado no hotel Rosario.
Assim que cheguei ao hotel Rosario, proveniente de Puno (Peru), já estava me aguardando o guia que nos levaria até a Ilha.
Cerca de 1:30 hora após navegarmos pelo Titicaca, chegamos a ilha de relevo bem acidentado.
Desembarcamos, e após a breve visita às ruínas do Templo Pilkokaina, seguimos pela ingrime trilha, bordeando os terraços de cultivo, onde a técnica empregada é a mesma de séculos atrás.
Fiz diversas paradas para recuperar o fôlego, até chegar ao topo. Ali, pudemos melhor apreciar a imensidão azul do Lago e no horizonte, a Ilha da Lua, tendo ao fundo a majestosa Cordilheira Real, com o seus picos nevados. Fantástico, apesar da canseira!
Da Ilha do Sol há barcos que saem para a Ilha da Lua (Isla de la Luna). O trajeto é feito em cerca de 1 hora.
A passagem pela ilha foi rápida e logo começamos a descida, desta vez pela "Escalera del Inca", a alta escadaria de pedra da época dos incas, que dá acesso a Fuente del Inca, onde bebi um pouco da água cristalina que é jorrada incessante.
Apesar dos altos degraus, para baixo todo santo ajuda, e em pouco tempo, estávamos no pequeno porto de onde regressamos à Copacabana.
Dicas
- Você pode se hospedar em casa de moradores ou nas pequenas hospedarias e albergues. Em Yumani a infraestrutura é um pouco melhor.
- Quem está por conta própria pode percorrer a trilha que vai do norte ao sul (8 km), conhecendo as duas partes. Prepare-se com um bom fôlego para sempre está subindo ou descendo as trilhas, além da alta escadaria pois já se está a 3.800 m.s.n.m!
- A melhor época para ir é entre maio e outubro, quando os dias são secos e o sol faz a festa. Nos outros períodos é temporada de chuvas.
- Atenção para os horários dos barcos, principalmente se for fazer a trilha e retornar à Copacabana no mesmo dia. Também é necessário comprar o ingresso, pois ao longo do trajeto há 3 "pedágios" que exigem o bilhete.
- Não esquecer de levar água, filtro solar, boné, óculos escuros, um lanchinho e um agasalho.
- Não deixe de saborear a Truta del Lago.
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