Uma viagem começa bem antes de você pegar a estrada, os trilhos, o mar, um rio ou o ar. Pois é, não há melhor alternativa do que começar os preparativos com antecedência para que tudo dê certo, quando você já estiver bem longe do conforto do seu lar. E para que isso seja possível, Planejamento é tudo!
Mas, como se fazer um Planejamento de uma Viagem?
O melhor da festa é esperar por ela! E esperar pela viagem é tão divertido quanto a própria viagem. É o momento da elaboração do roteiro e dos demais preparativos que bem planejados servirão para otimizar o tempo e aproveitar o máximo as atrações por onde você for passar.
Aqui algumas dicas que uso ao me preparar para uma nova viagem. Confesso que estou sempre as voltas com algum planejamento e às vezes até mais de um! São “Projetos de Viagens“, que podem se realizar a curto, médio ou longo prazo, ou até mesmo ficar um bom tempo só no desejo, dependendo do tipo de “aventura” em que eu esteja pretendendo embarcar.
1. Escolha do motivo da viagem
Em primeiro lugar há que se ter um motivo para viajar:
- Turismo/lazer, descanso?
- Esporte/aventura?
- Estudos? trabalho/congressos?
- Vivenciais/peregrinações?
No caso de viagem de lazer/turismo é interessante escolher um objetivo, ou seja, um foco ou abordagem que dará à viagem. As outras por si só já têm o seu objetivo. Então vamos lá! Pode ser uma viagem de cunho cultural (focar em shows, peças teatrais, musicais, exposições, etc), com foco na gastronomia do lugar, na história/arqueologia, com objetivo em compras ou um pouco de tudo isso.
2. Tempo disponível
Pode ser um final de semana, um feriadão, toda ou parte das férias ou mesmo um ano sabático e há até os que saem por aí sem destino e sem data para o retorno. Independente de qual seja o tempo, o que não se deve é sair de casa sem o mínimo de planejamento. Caso contrário, você corre o risco de se meter em roubadas e transformar sua diversão numa tremenda dor de cabeça. Assim, qualquer que seja o tempo, a pesquisa sobre o destino te dará condições para melhor enfrentar as adversidades que por ventura ocorram, como também identificar onde estão as boas oportunidades e aquele “pulo do gato”.
3. Quanto dispõe, como e com que se quer gastar
Dependendo dessa resposta você terá um tipo de viagem a escolher. Assim, poderá ser uma viagem com mordomias (hotéis, restaurantes, taxi, avião, etc) ou econômica, estilo mochileiro (albergues, cozinhar a própria comida, usar transporte público, etc) ou até mesmo bem radical (viajar de moto, de bike, acampando, etc). As vezes vale até um "mix" de tudo isso, só dependerá dos objetivos e preferências.
O que você vai gastar em uma viagem estará diretamente relacionada à forma de como ela será, além de outros fatores como: terá companhia ou irá sozinho(a)? Fará por conta própria, recorrerá a um pacote de viagem ou uma excursão?
Definidos esses aspectos chega a hora do Planejamento propriamente dito.
4. A escolha do destino
Decidir para onde ir, por onde passar, o que visitar e quanto tempo em cada lugar.
Ler livros, revistas especializadas, guias e cadernos de viagens de jornais, acessar sites e blogs de viagens, como também mídias sociais, conversar com pessoas que já visitaram o lugar é uma forma agradável, divertida e inspiradora para obter informações do seu próximo destino, como os aspectos culturais e históricos, a arte, a literatura e arquitetura. Além do que se pode adquirir muitas dicas de quem por lá já passou.
Quando já se está com o destino definido, é bom adquirir um guia específico do lugar, como também um mapa da região. Os guias, geralmente, disponibilizam mapas das cidades, o que permite uma prévia da localização das atrações de interesse. Agrupando-as de acordo com a proximidade entre elas, evita-se o desperdício de tempo em deslocamentos. Este também é o momento de se saber quais as opções de transporte, os custos das atrações e da alimentação e se há alguma informação específica sobre o lugar que é bom ter prévio conhecimento (normas, leis, costumes, etc). Além de informações gerais (endereços de embaixadas, consulados, bancos, casas de câmbio, etc).
Outro recurso que acho interessante utilizar para ter mais conteúdo, aprender e conhecer o destino é assistir a filmes e documentários que se passam ou se referem a pessoas, a arte do lugar para onde se pretende viajar.
5. Organizando o roteiro
Definido os lugares, o tempo e as atividades em cada lugar, incluindo dias livres para imprevistos, chega a hora de traçar o roteiro, ou a rota que seguirá de uma lugar para outro. O ideal é estabelecer um roteiro que te permita voltar por um caminho diferente do que foi percorrido na ida.
6. escolhendo os transportes
Definidas as rotas, é a hora de avaliar as possibilidades de transportes, incluindo o tempo gasto nos percursos. No meu caso, quando disponho de tempo, prefiro realizar a viagem por terra, principalmente se as distâncias não são grandes entre os lugares. É uma ótima oportunidade para conhecer melhor o lugar, as pessoas e os hábitos. Assim, posso optar por ônibus, coletivos e trens. Porém, já houve situação em que precisei contratar taxi para fazer o deslocamento, pois, para o tempo que dispunha, não existia opção de outro transporte ( quando precisei viajar de Rio Branco a Xapuri e de lá até Assis Brasil, fronteira com o Peru).
Avião fica destinado para viagens de curto tempo e/ou grandes trajetos. Em alguns lugares a única opção de transporte pode ser o barco, carros 4×4 e trem, por ser a única opção ou em virtude da própria condição geográfica do lugar. Também há lugares (comum no Brasil!) que, apesar da importância turística que tem, não existe transporte público até o local e se você não estiver viajando em seu próprio veículo, vai ter que contratar algum meio de transporte como taxi ou moto (situação em que me vi quando visitei a Serra da Capivara e Sete Cidades, ambas no Piauí).
No perímetro urbano, principalmente em cidades onde isso é viável (pouca distância, segurança, clima ameno, etc) dou preferência a fazer os passeios a pé. Nos trajetos maiores, se houver “metrô” é minha opção preferida. Nas grandes cidades é possível encontrar passe de integração entre ônibus/metro/trem para um a vários dias. Avaliar se há vantagem em adquiri-lo, especialmente se for demorar alguns dias e realizar vários trajetos.
Escolhidos os meios de transporte que usará, o ideal é adquirir as passagens previamente, principalmente as de avião (quanto mais tempo prévio, melhor o preço). Muitas empresas de ônibus já permitem a compra pela internet (garantindo o dia e o assento), mas quando não for possível, o ideal é comprar assim que chegar no lugar, pois se deixar para depois, pode não conseguir para o dia e hora que se deseja. Aconteceu comigo, quando fui para Ushuaia. Não comprei de imediato e foi necessário ficar mais dois dias na cidade antes de embarcar para Puerto Natales.
Sites úteis (empresas aéreas, de ônibus, de trem). Buscadores
7. Escolhendo a hospedagem
Escolhidos os lugares e tempo para cada um, chega hora de avaliar onde se vai hospedar. Isso vai depender do tipo de hospedagem que se quer e o que está disponível no lugar. Eu dou preferência a ficar hospedada próximo das atrações que pretendo visitar. Pois, como viajo sozinha na maioria das vezes, evito ter um gasto maior com transportes para o deslocamento, como também ganho mais tempo. No entanto, a minha segurança é prioridade absoluta e nem sempre as atrações estão em locais seguros, aí vale o bom senso. Confesso que nem sempre essas opções têm um bom custo-benefício e o que é bom e possível para mim, pode não ser para outra pessoa.
Excetuando em excursões, quando as hospedagens já são predeterminadas, após escolher o local onde quero me hospedar, faço uma busca em sites de reserva de hotéis como o Booking.com e Decolar.com. Mas, em alguns casos a reserva pode ser feita diretamente no site do hotel ou até mesmo por telefone. Raramente deixei para reservar após ter iniciado a viagem.
Há quem prefira procurar a hospedagem quando chegar ao lugar. Não acho muito boa essa opção, pois se perde um tempo precioso nessa procura e pode até nem encontrar um lugar muito adequado (em qualidade, localização, segurança ou preço).
8. Faça um seguro de viagem
Com certeza esse é um produto que ninguém vai querer usar, mas acho imprescindível obter antes de viajar. É um gasto que vale a pena. Já imaginou os custos com hospitalização, medicamentos, cirurgias ou um resgate? Portanto não embarque sem um que lhe dê a cobertura mais adequada para sua viagem.
Eu prefiro escolher um que tenha a mais ampla cobertura. Mas existem várias opções e preços correspondentes. Fica a critério de cada um.
9. Faça uma avaliação de sua saúde antes de embarcar
10. Preparando a bagagem
Não, não é que você vá fazer sua mala muito antes de embarcar, mas é fundamental que já comece a colocar em ordem algumas coisas.
Certifique-se de que toda a documentação necessária esteja em ordem (passaporte, vistos necessários, etc).
Em viagens onde se requer equipamentos, materiais ou roupas específicas, já deixe-os separados ou adquira-os, se não os tiver (exceto se houver vantagens em comprá-los quando chegar ao local).
Organize um check list, pois o auxiliará em não esquecer o que vai precisar levar em sua viagem.
A bagagem propriamente dita, comece a fazê-la pelo menos dois dias antes de embarcar.
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