No período do planejamento do Projeto América do Sul X 5, já sabia que para visitar as ruínas das Missões Jesuíticas, no Paraguai, teria que utilizar ônibus de alguma forma. Isso porque duas cidades do país seriam contempladas e entre elas era a única forma de me locomover. O fato é que as informações sobre turismo paraguaio são escassas e quando se referem ao uso do transporte público, aí nem se fala, pois quando existem, são sempre desabonadoras.
Quando precisei montar o roteiro, pesquisei por empresas de ônibus que fizessem o percurso entre Encarnacion e Assunção. As principais (La Encarnacena, NSA, Pycasu) têm site, mas às vezes não funcionam bem e apesar de informarem que vendem a passagem on line, preferi não arriscar, afinal por não ter grande procura turística provavelmente eu não teria problemas em conseguir uma, um dia antes de embarcar, no próprio guichê da empresa. E assim foi feito.
Mas, por pior que sejam os ônibus que fazem o trajeto entre essas duas cidades, nada se compara ao que utilizei para chegar às ruínas da Missões Jesuíticas. Nunca vi nada tão velho e precário. Ao comprar a passagem e ser informada qual era o próximo ônibus a sair, a minha pergunta foi uma só ao simpático vendedor: Esse ônibus vai chegar ao destino?? e ele: si, si, como no?.
E lá fui eu, inicialmente duvidei, mas depois relaxei e aproveitei a viagem, divertindo-me em fotografar aquela lata velha, cheia de ferrugem e buracos nos estofados e teto.
Mas o fato é que cerca de 40 minutos depois estava descendo na rodovia, de onde segui para visitar as ruínas de Trinidad.
E não é preciso nem falar, mas dá para imaginar o sacolejo lá dentro? e a rodovia estava bem conservada, sem buracos. O problema era a lataria que parecia estar solta.
Eu me diverti com esse lembrete no paninho que cobria a cabeceira do assento. Acho que eles eram as únicas coisas conservadas naquele caco de ônibus…
Veja também a segunda viagem de ônibus no Paraguai: De Encarnacion para Assunção
Comentários