Pular para o conteúdo principal

Salar de Uyuni - 3º dia


Na terceira e última manhã da viagem seria a vez de conhecer os gêiseres, ou seja, pequenas aberturas do solo de áreas vulcanizadas que permitem a passagem de vapor e água quente em tempos determinados. É um verdadeiro espetáculo da natureza. Mas para que fossem melhor observados era necessário sair ainda de madrugada do alojamento. E assim o fizemos.
Ainda escuro, naquela madrugada congelante (4 horas da manhã) seguimos em direção ao  local conhecido como Gêiser Sol de Mañana. Se alto já estávamos, subimos mais, até 4.900 m.s.n.m. Àquela altura eu estava com frio, dor de cabeça, no abdome e irritada (consequência da péssima noite mal dormida, ausência de café da manhã e por conta da altitude onde nos encontrávamos).  Desci do carro rapidamente para tirar essa foto e só!


Mas foi impressionante observar diferentes gêiseres lançando seus jatos de água fervente que chegam a atingir 50 metros de altura, além de inúmeros poços de lama borbulhante por uma área de 10 km².
Dali seguimos direto para a Laguna Verde, cujo esmeralda de sua cor se deve aos sedimentos de cobre e arsênico.  A água é tóxica, mas a imagem do vulcão  Licancabur nela refletida é linda.


A próxima parada foi em uma base da Colque Tour, próximo da Laguna Branca. Tanto nessa como na lagoa anterior não há flamingos, sábios não chegam perto por conta da presença de minerais tóxicos.


Tomamos um sofrível café da manhã e cerca de 2 horas após estávamos atravessando a fronteira com o Chile. O motorista/guia da Colque Tour nos levou até à imigração, onde se despediu.


Fizemos os trâmites de saída  e a bordo de um ônibus chileno, agora com vários outros passageiros, entramos na rodovia que nos levou à San Pedro de Atacama.


Chegava ao fim nossa viagem pelo sul da Bolívia .

Para ver os dois primeiros dias dessa aventura click aqui e aqui

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Arte Cusquenha

Ao conquistar Cusco em 1534, os espanhóis não só iniciam mudanças profundas na história política do Império Inca, como também transformações na história da arte americana. O encontro de duas culturas fez surgir uma nova expressão artística, tendo a pintura colonial desenvolvida na cidade peruana de Cusco como resultado da confluência da tradição barroca trazida pelos colonizadores espanhóis com a arte dos indígenas americanos. Com o objetivo de catequizar os incas, muitos missionários partem para a colônia para converter a alma pagã à religião católica. Para isso utilizaram a pintura como arte eclesiástica. Assim escolas foram criadas, dando origem ao primeiro centro artístico pictórico das Américas. A grande maioria das obras da Escola de Cusco se refere a temas sacros, onde a imagem aliada à palavra seria o único meio de difundir o catolicismo. Assim estão presentes nas obras a glorificação de Jesus, a Virgem Maria e santos, o Juízo Final com as glórias do Paraís

Os Megalitos de Tiwanaku

Principal sítio histórico da Bolívia, declarado Patrimônio Cultural da Humanidade em 2000 pela Unesco. As ruínas são de uma das mais importantes civilizações pre-colombianas que se desenvolveu no Altiplano Boliviano. Apesar de ainda ser controverso, acredita-se que esse povo tenha surgido de uma aldeia que vivia da agricultura baseada em plataformas de cultivo  por volta de 1200 a.C. Teve o seu apogeu entre o século  5 e 10 da nossa era, quando desenvolveu a metalurgia (uso do cobre na produção de ferramentas) e o comércio. Não se sabe o motivo, mas teria desaparecido definitivamente no século 12. Especula-se que a ocorrência de alterações climáticas tenham contribuído para a sua extinção. Mesmo assim os demais povos do Altiplano, inclusive os incas, tiveram forte influência dessa cultura. Durante séculos o poderoso império que dominou o altiplano construiu um sofisticado complexo arquitetônico, parte dele representado pelas ruínas hoje expostas. O aspecto monum

Uxmal, obra-prima da Arquitetura Maia

Pouco se sabe da origem dessa cidade-estado maia, no entanto se conhece como a época do seu apogeu a última fase do Período Clássico (entre 800 e 1000 d.C.), quando as poderosas cidades-estados maias, Palenque, Copán e Tikal, estavam sendo gradativamente abandonadas. Poderosa, Estendeu seu domínio até as cidades vizinhas de Kabah, Labná, Xlapac e Sayil, juntas se destacaram no emprego de uma arquitetura refinada e elegante, conhecida como "estilo puuc". Acredita-se que Uxmal foi o centro que alcançou o maior desenvolvimento político e econômico da área puuc. Ao contrário de outras regiões da Península de Yucatán, não possuía cenotes e havia escassez de água, podendo ser esse o motivo de tantas esculturas dos deus da chuva, Chac,  nas fachadas de suas construções, atestando a importância desse culto. De todos os sítios maias, esse foi o que achei mais fascinante. É notável a mistura estilística, onde estão presentes elementos maias e toltecas (expressa