O maior deserto de sal do mundo fica lá, na Bolívia, cerca de 30 km de Uyuni e 3.600 metros de altura. Ocupando uma área de 10 mil quilômetros quadrados. Essa extensa e espessa crosta de sal se formou pela evaporação de um grande lago salgado há milhares de anos.
No período de inverno a contração da camada superior, provocada pela seca, causa rachaduras e adquire formas hexagonais, dando o aspecto de enormes ladrilhos (na foto não deu para ver muito bem). No verão a paisagem é outra, as águas das chuvas formam uma película sobre o sal constituindo um verdadeiro espelho que ao refletir o céu dificulta delimitar a linha do horizonte.
Além dos imensos depósitos de sal (cerca de 10 bilhões de toneladas, onde apenas 25 mil são extraindo anualmente e de forma artesanal), o Salar de Uyuni guarda o maior deposito de lítio do planeta, o que tem despertando o interesse dos fabricantes de baterias de lítio.
Apesar do Salar de Uyuni ser um dos clássicos destinos de mochileiros do mundo todo que viajam pela América do Sul, não é exclusivo deles. No entanto é um passeio para quem não faz questão de conforto, não se importa de dividir dormitórios/banheiros com desconhecidos e nem de viajar longas horas em um 4 x 4 empoeirado e sem climatização.
Para quem quiser fazer essa roteiro é bom se preparar e ter espírito de aventura para enfrentar a falta de estrutura e os inconvenientes de uma viagem de pouco ou praticamente nenhum conforto, mas que te recompensa com paisagens magníficas.
A viagem começou por volta das 9h30. Foi formado um grupo de 6 pessoas (2 brasileiros, 2 canadenses e 2 chilenos), além do motorista, que também era o guia.
A primeira parada ao sair de Uyuni foi no Cemitério de Trens, nos arredores do vilarejo. Ali estão várias locomotivas que foram utilizadas para transportar minérios até a costa do oceano Pacífico. Hoje estão abandonadas e oxidadas pelo tempo.
Dali seguimos para Colchani, vilarejo que se dedica ao processamento do sal. Lá há barraquinhas de artesanato, lanchonete/mercadinho.
Continuamos a viagem para o Salar de Uyuni propriamente dito. Na hora do almoço pagamos uma taxa para usarmos o espaço de dentro do Hotel de Sal Playa Blanca, que não funciona mais, porém serve de base para os que passam por ali.
O almoço foi servido pelo nosso motorista-guia. Depois fomos conhecer as esculturas feitas em blocos de sal e dispostas no pequeno “museu” nas dependência do hotel.
Após o almoço seguimos para Isla del Pescado ou Inca Wasi (casa inca, em quéchua) que é formada por corais petrificados e tem como atração os cactos gigantes, alguns com mais de 10 metros de altura e ultrapassando centenas de anos.
Para subir ao topo da ilhota é necessário pagar uma taxa. Tivemos ainda algum tempo tirando fotografias e depois seguimos viagem sobre aquela imensidão branca de puro sal. No final do dia chegamos a Chuvica, onde pernoitamos no alojamento da Colque Tour.
=> Alojamento da primeira noite estava limpo e era razoavelmente confortável. Quarto coletivo para seis pessoas com um banheiro. Água quente e energia até às 22h.
=> Jantar e café da manhã incluídos, simples mas suficiente.
Salar de Uyuni
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